AS ENCHENTES
Cai o rio pela encosta
Encharcando seu sopé,
Carregando grandes árvores,
Casas e corpos da ralé;
Eles, que mesmo sofrendo
O mesmo drama anualmente
Não aprendem que a cheia
É traiçoeira serpente;
E tornam a construir
Seus miseráveis casebres
Nas escarpas prestes a ruir
E lá estarão sempre
Até que sobre eles volte
Nova terrível torrente.
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