EM CONTINÊNCIA

 

Já deram quase uma volta na pista

Ao som de suave dobrado

De execução difícil e brilhante.

Aproximam-se do palanque.

Suas vibrações,

Presentes no garbo do desfile

E no brado de “Brasil, Marinha”,

Logo se farão sentir.

E nos surpreenderemos também a vibrar

Recordando que já fomos um deles

Vivendo o anonimato

De uma voz,

Gritando com outras vozes

Na composição do coro,

E de um olhar

Que olha sem nunca conseguir ver.

Desfilam em continência a nós

Nossas próprias sementes.

 

 

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